Assista o documentário completo, online. [Em inglês].
Este filme faz um bom trabalho de captura de um lado de John Lennon que raramente vemos na imprensa de hoje. Ele não entra na questão da sua morte ou sobre quaisquer esquisitices do assassino, mas foca no acompanhamento do FBI sobre John Lennon semelhante à forma como foram monitorados Martin Luther King Jr.
The US vs John Lennon se concentra em uma parte da vida do ícone da música que é frequentemente esquecido: a sua politização, durante e após a Guerra do Vietnã.
No final da carreira dos Beatles, Lennon começou a colocar a banda em uma nova direção, usando sua popularidade para divulgar uma mensagem de paz em canções como "Revolution". Ele se tornou ainda mais envolvido depois a banda se separou. O filme mostra a sua tomada de consciência crescente, tanto através de imagens de arquivo - muitas das quais tinham ficado esquecidas nos cofres por décadas - e entrevistas com pessoas próximas a ele.
Isso leva ao caso que dá o título ao documentário, no qual o governo americano, que já vinha acompanhando as suas ações durante algum tempo, tentou expulsar a estrela devido à ameaça que ele representava.
O filme também retrata a estreita relação de Lennon com Yoko Ono e do efeito que ela tinha sobre sua arte, incluindo uma entrevista com a artista performática japonesa e musa que lança muita luz sobre a história íntima do casal.
Outras entrevistas como Mario Cuomo, Gore Vidal, Walter Cronkite, Angela Davis, e ainda G. Gordon Liddy, ex-chefe de investigações do Governo Richard Nixon. O filme evita cair na armadilha de idolatria unidimensional, mostrando a politização de Lennon como um reflexo de seu próprio caminho espiritual, muito pessoal, às vezes falhos, para usar sua fama buscando fazer do mundo um lugar melhor. As limitações e esgotamento das liberdades civis que Lennon sofreu nas mãos do governo americano, seguido de lances de um neo-macartismo, sugere comparações com a política contemporânea.
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